quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O dever de todas as mães: ensinar que a compaixão começa no prato!

Certa vez, uma pediatra me disse que era um absurdo eu "impor" o vegetarianismo para o meu filho, pois ele era muito pequeno e eu não tinha este direito...Não discuti, simplesmente troquei de médica...Mas na hora me deu muita vontade de debater este assunto, afinal, como assim, não tenho este direito? Qual é o meu direito ( ou "dever") então?Alimentar meu filho com pedaços de cadáveres de animaizinhos mortos? Ensinar a ele que devemos ser compassivos, amorosos e depois dar para ele comer a carne de um outro ser vivo, que morreu de forma absurda após ter vivido uma vida de confinamento, abuso e crueldade?
Qual é meu "dever" de mãe? Dizer para meu filho que devemos proteger a natureza, cuidar das nossas florestas e hipocritamente alimentá-lo com a carne cuja indústria é a maior causadora do desmatamento da Amazônia e do aquecimento global?
Tenho o direito, como mãe, de ser conivente com a triste e sofrida separação que ocorre entre uma mãe e seu filho ( a vaca e o bezerrinho) para que seu leite seja destinado exclusivamente para a alimentação dos animais humanos? Sim, porque o bezerro não tem o direito de mamar em sua própria mãe, e é afastado dela sem dó nem piedade...Para uma mãe, não existe sofrimento maior do que arrancar-lhe seu filho de seus braços, não é mesmo?
Afinal,é meu direito de mãe entupir o estômago de meu filho com gorduras saturadas, colesterol, sangue,antibióticos, bactérias,e tantas outras substâncias nocivas encontradas na carne e nos derivados de animais?? Ora, por favor...sejamos coerentes...É uma pena que a grande maioria dos médicos seja tão desinformada a respeito de nutrição...
Mas eu sei qual é o meu verdadeiro dever como mãe:
Ensinar ao meu filho que devemos respeitar a Vida em todas as suas formas... Mostrar para meu filho que somos todos animais, e todos os animais merecem viver com dignidade...
Fazer com que ele perceba desde cedo que não existe diferença entre o sofrimento dele e o de uma galinha, ou de um cavalo, ou de um cachorro...dor é dor, crueldade é crueldade e ponto final.

Fonte: 
http://revolucaodacolher.blogspot.com

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Palavras de uma mãe vegetariana: Alimentação Infantil e Vegetarianismo

 Sinto-me muito feliz e honrada em poder compartilhar com vocês um pouco da minha experiência como mãe vegetariana. Tenho um filho de 4 anos que é vegetariano desde a concepção e posso garantir que é perfeitamente possível e muito saudável criar uma criança dentro do vegetarianismo.
Toda criança nasce vegetariana! Como mamíferos que somos,quando um bebê nasce o único alimento de que ele necessita é do leite de sua mãe. O leite materno é o alimento mais completo e perfeito para nossos bebês, e a amamentação deve ser estimulada assim que a criança nasce. Até os seis meses de vida, ela só vai precisar do leite de sua mãe e nada mais...Após este período vamos introduzindo os alimentos sólidos: primeiro a papa de frutas amassadas e sucos, depois tubérculos e legumes amassadinhos (mandioquinha, cenoura, batata)... Com o tempo vamos acrescentar os cereais (arroz bem cozidinho, aveia, etc..) e os grãos ( feijão, ervilha, lentilha, etc). Sem esquecer que a amamentação é indicada até os dois anos de vida ou mais... Esta é a sequência indicada pelos pediatras para todas as crianças onívoras ou vegetarianas. E é neste momento que os onívoros acrescentam ao cardápio da criança a carne. Por que será que a carne é a última coisa a ser oferecida à criança? Se fôssemos carnívoros, não seria natural após a amamentação a criança começar a se alimentar da carne de outros seres vivos? E por que será que a grande maioria das crianças rejeitam a carne? Os médicos dizem para os pais que é assim mesmo, e que devem insistir até que a criança aceite... É aí que se forma o hábito, mas isto não quer dizer que seja correto.
Muitos pais ficam em um dilema muito grande pois os médicos e a mídia nos fizeram crer que a carne é essencial para o desenvolvimento das nossas crianças...E isso é uma grande mentira! Ninguém precisa se alimentar de animais para crescer e viver bem...Pelo contrário, uma alimentação vegetariana balanceada desde a infância vai criar adultos saudáveis com muito menos probabilidade de virem a sofrer de ataques cardíacos, derrames, pressão alta, etc...Infelizmente nos dias de hoje as crianças já estão sofrendo as consequências de uma alimentação equivocada, rica em gordura de origem animal : colesterol alto, obesidade, pressão alta não são mais "privilégio" dos adultos, lamentavelmente.
Nossos filhos são a nossa maior riqueza! Cuide bem da alimentação deles, porém não se esqueça que as crianças aprendem através do exemplo: Não adianta forçar seu filho a comer brócolis se você não chega nem perto desta verdura... Aproveite para começar a incluir novos sabores na sua alimentação também! Sua saúde e a de seu filho agradecem!
Paz e Luz a todos!!
Andrea Reis

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Urgente: pela legalização do homeschooling


Prezados,
Tramitam na Câmara dos Deputados, desde 2008, os Projeto de Lei (PL) 3518/2008, de autoria dos Deputados Henrique Afonso (PT-AC) e Miguel Martini (PHS-MG), e 4122/2008, de autoria do Dep. Walter Brito Neto (PRB-PB). Esses projetos, que estão tramitando juntos, propõem a legalização explícita do ensino domiciliar ou homeschooling no Brasil.
Eles começaram a sua tramitação pela Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara, onde estão até hoje. Para quem não sabe, a Câmara se divide em comissões temáticas, que são grupos de deputados que se especializam em certos assuntos. Todos os projetos que dizem respeito à educação e à cultura passam pela CEC. Quando um projeto de lei passa por qualquer comissão da Câmara, um dos deputados-membros é escolhido como relator e tem a tarefa de examinar o projeto e produzir um relatório a seu respeito, explicando-o aos demais membros da comissão e recomendando a aprovação ou rejeição do projeto. A comissão é livre para acatar ou não o relatório do deputado relator, mas em geral a tendência é acatá-lo.
Em junho de 2009, a então deputada relatora, Bel Mesquita (PMDB-PA), apresentou à CEC um relatório propondo a rejeição dos projetos sobre homeschooling, alegando que eles violariam a Constituição e as leis brasileiras, que a socialização escolar é imprescindível e que há países desenvolvidos que proíbem ou restringem o ensino domiciliar.
Em julho de 2009, o Dep. Lobbe Neto (PSDB-SP) sugeriu à CEC que, antes que ela tomasse alguma decisão acerca do relatório da Dep. Bel Mesquita e dos projetos sob análise, fosse realizada uma audiência pública, na qual a CEC convidaria especialistas no assunto a apresentarem palestras e discutirem o tema perante a Comissão. Essa audiência de fato foi realizada em outubro de 2009, com a participação dos seguintes palestrantes:
(a) o Sr. Carlos Artexes Simões, diretor de Concepções e Orientações Curriculares para a Educação Básica, da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação; 
(b) o Sr. Cláudio Ferraz Oliver, escritor, mestre em educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba, e residente nessa cidade; 
(c) o Sr. Cléber de Andrade Nunesdesigner, residente em Timóteo (MG), pai de dois adolescentes que estão sendo educados em casa por ele próprio e por sua mulher, e que por causa disso está enfrentando ações judiciais divulgadas na imprensa de todo o país;
(d) o Prof. Luiz Carlos Faria da Silva, doutor em educação pela Universidade Estadual de Campinas e professor da Universidade Estadual de Maringá (PR);
(e) o Prof. Alexandre Magno Fernandes Moreira Aguiar, procurador do Banco Central do Brasil, professor de Direito na Universidade Paulista e em vários cursos preparatórios para concursos em Brasília. 
O representante do MEC posicionou-se contrário aos projetos; todos os demais, contudo, se pronunciaram favoravelmente e apresentaram com brilho vários argumentos relevantes.
Em consequência dessa audiência, o deputado que a presidiu, Wilson Picler (PDT-PR), convenceu-se do mérito do ensino domiciliar e preparou uma proposta de emenda constitucional (PEC) destinada a consagrar na Constituição Federal o direito ao ensino domiciliar. Ele conseguiu o apoio de dezenas de outros deputados para apresentar essa proposta. Trata-se da PEC 444/2009, que também está tramitando no Congresso. Não se deve confundir a PEC 444/2009 com os dois projetos de lei que estou comentando aqui; enquanto a PEC pretende alterar a Constituição Federal, os PLs pretendem modificar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para os interessados na prática do ensino domiciliar,é muito importante a aprovação tanto da PEC quanto destes PLs.
Pois bem: depois dessa audiência pública, a tramitação dos PLs na CEC da Câmara parou por um longo tempo. O relatório da Dep. Bel Mesquita foi arquivado sem ser votado. A deputada, por sua vez, não foi reeleita e saiu da Câmara dos Deputados.
Até que agora, em 15/09/2011, o novo relator, o Dep. Waldir Maranhão (PP-MA), apresentou um novo relatório à CEC sobre esses projetos. E esse segundo relatório também recomenda a rejeição dos dois projetos, com base em argumentos idênticos aos da antiga relatora Bel Mesquita.
Esse relatório ainda não foi votado pela CEC, mas pode vir a ser votado a qualquer momento. Caso a CEC aceite o relatório, os projetos serão rejeitados definitivamente e nós perderemos uma oportunidade histórica de legalizarmos o ensino domiciliar no Brasil. É fundamental, portanto, que todos aqueles que apoiam o homeschooling escrevam aos deputados que integram a CEC, manifestando seu apoio aos projetos e sua desaprovação do relatório do Dep. Waldir Maranhão -- e, naturalmente, solicitando aos deputados que rejeitem o relatório do Dep. Maranhão e aprovem os projetos.
Os e-mails dos deputados que integram a CEC são:
Basta copiar todos os e-mails acima e colar de uma só vez no campo do destinatário. Mandem a sua mensagem para todos eles, independentemente do partido a que pertençam (há simpatizantes do ensino domiciliar em todos eles) e independentemente do fato de serem membros titulares ou suplentes da CEC (nunca se sabe quais serão os deputados efetivamente presentes à seção em que os projetos serão votados).
Para quem quiser acompanhar melhor os projetos e sua tramitação, esta é a página do PL 3518/2008:
e esta é a do PL 4122/2008:
Cliquem em "inteiro teor", logo do lado dos números dos projetos, e vocês poderão lê-los.
Na página do PL 3518/2008, lá embaixo, vocês encontram uma referência ao parecer do Dep. Waldir Maranhão. Cliquem em "inteiro teor" e vocês poderão ler o relatório que ele escreveu.
Nessas páginas vocês também encontram outros documentos relevantes.
Por favor, encaminhem esta mensagem para qualquer pessoa que possa se interessar pelo tema.

Obrigado.
Atenciosamente,
Felipe Ortiz
Fonte: http://www.midiasemmascara.org