sábado, 16 de abril de 2011

O FUTURO DA COMIDA

   Importante documentário que denuncia o perigos dos alimentos transgênicos ou manipulados geneticamente. Tais alimentos modificados são fruto de um trabalho de reengenhria genética que consiste num processo de invasão celular? E que tipo de vida promove invasão celular? Vírus e bactérias. Isto significa que os transgênicos de empresas como a Monsanto e a Calgene carregam dentro de si doenças perigosas para a saúde humana. O documentário também mostra a ligação entre corporações como a Monsanto e os políticos que permitem que tais alimentos sejam aprovados apesar dos avisos das comunidades científicas. Enfim, o documentário nos leva a refletir que devemos retomar o poder de plantar a nossa comida e não mais depender de grandes corporações que se interessam apenas pelo lucro as custas da vida humana. Agradecimentos mais uma vez ao pessoal do Doc Verdade (F.A.).


(EUA, 2004, 56 min. direção:Deborah Koons)


Sinopse (do Núcleo de Alimentação e Saúde Germinal):
O filme faz uma profunda investigação sobre a perturbadora verdade por trás do não identificado, patenteado, dos alimentos geneticamente manipulados que tem preenchido calmamente as prateleiras dos mercados dos EUA na última década.

A partir da pradarias de Saskatchewan, no Canadá até os campos de Oaxaca, México, este filme dá voz aos agricultores cujas vidas e meios de subsistência foram negativamente afetados por esta nova tecnologia. As implicações para a saúde, as políticas governamentais e impulso a globalização fazem parte da razão pela qual muitas pessoas estão alarmadas com a introdução de culturas geneticamente modificadas no nosso abastecimento alimentar. “O Futuro da Comida” examina a complexa teia de mercado e as forças políticas que estão a mudar aquilo que comemos como grandes empresas multinacionais procuram controlar o sistema mundial de
alimentos.

O filme também explora alternativas para a agricultura industrial em larga escala, colocando a agricultura agroecológica e sustentável como soluções reais para a crise agrícola hoje.

Assistir agora (Audio em espanhol spa)

Torrent download - Legendas -pt-bt Subtítulos spa


FONTE: http://pistasdocaminho.blogspot.com





Faça uma horta para as crianças


Dicas de como preparar o canteiro e cuidar das plantas


Contanto que você tenha um solo com drenagem adequada e sol o tempo topo, é possível plantar o que quiser no quintal de casa. Plante vegetais variados, como cenoura, tomate e pimentão. Isso dará às crianças a oportunidade de ver de onde vem o que elas comem.

O feijão-vagem, que se desenvolve em estacas e aparece na estória de João e o Pé de Feijão, não pode faltar. Você pode mandar fazer lindas treliças para as trepadeiras subirem.

Para receber a horta, faça um caminho bem no meio do jardim e monte canteiros de 90 cm de cada lado. Cada um deverá ter cerca de 45 cm de profundidade para receber as sementes. Preencha os mesmos com a melhor terra que puder encontrar e um composto rico em nutrientes. A proporção de 50% de cada um costuma ser boa.

A tarefa de aguar o canteiro com um borrifador deve ficar a cargo das crianças. Essa é uma ótima oportunidade para aproveitar seu tempo com elas.

Fonte: http://delas.ig.com.br

sexta-feira, 15 de abril de 2011

PEDAGOGIA QUE TRANSFORMA

A pedagogia libertária abrange quase todas as tendência anti-autoritárias em educação, dentre elas a anarquista, a psicanalista, a dos sociólogos e também a dos professores progressistas. Entende que em cada ser humano reside todas as possibilidades de ação e inteligência, necessárias para realizar na própria vida e na comunidade a convivência harmônica baseada na liberdade de expressão e livre escolha sempre. Um ser que é totalmente íntegro que nunca se sujeitou a opressão que o capitalismo impõe, é um ser autêntico e amoroso. Alguém que entende que TODOS são iguais e que o status quo é uma ilusão imposta pelo sistema piramidal e de domínio que incentiva a competição e não a solidariedade. As crianças de hoje não suportam mais esta estrutura de ensino falida e fracassada que aí está pois estão ligadas mais no SER do que no TER, mas este é um tema que abordarei num próximo post...
Recomendo a leitura deste link para entender um pouco mais sobre a pedagogia libertária na educação Brasileira.
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/32/art09_32.pdf



Pesquisa com mais de mil crianças mostra que assistir à televisão emburrece

                                                




RIO - Uma polêmica que está sempre indo e vindo, virou hit com os Titãs ("a televisão me deixou burro muito burro demais") e é alvo de inúmeros estudos científicos volta à tona a partir de uma nova e enorme pesquisa da Universidade de Montreal, no Canadá: assistir à televisão emburrece as crianças, como mostra reportagem do The Independent .




Os cientistas acompanharam 1.314 crianças nascidas em Quebec entre 1997 e 1998, com idades entre 29 meses (2 anos e meio) e 53 meses (4 anos e meio) até chegarem aos 10 anos. Seus pais precisavam relatar quantas horas os filhos assistiam à TV e os professores avaliavam a evolução acadêmica delas, suas relações psicosociais e seus hábitos de saúde. Em média, as crianças de 2 anos assistiam a 8,8 horas por semana à TV e as de 4 anos, uma média de 15 horas por semana. A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira no Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine.Os pesquisadores descobriram que os pequenos que passavam mais tempo em frente à telinha eram piores em matemática, comiam mais junk food e sofriam mais bullying de outras crianças.As descobertas mostram que há evidências científicas de que a TV prejudica o desenvolvimento cognitivo e que o governo canadense deveria limitar o número de horas das crianças em frente à TV. Os pediatras americanos já recomendam que aquelas com menos de 2 anos não deveriam assistir à TV alguma e as mais velhas deveriam ter um limite diário de 2 horas por dia no máximo. A França já proíbe programas para crianças com menos de 3 anos e a Austrália recomenda que as entre 3 e 5 anos não assistiam a mais de uma hora por dia.




Os cientistas que conduziram o estudo afirmaram que a fase pré-escolar é importantíssima para o desenvolvimento do cérebro e que o tempo em frente à TV é um desperdício e pode levar à aquisição de hábitos ruins. A autora do estudo, Linda Pagani, da Universidade de Montreal, disse que o impacto negativo de se assistir à TV nesta idade permanece por toda a vida.- Nossa descoberta mostra que este é um problema de saúde pública e que deveria existir um guia com diretrizes da Academia America de Pediatria sobre o número de horas recomendado em frente à TV.



O psicólogo Aric Sigman, que fez a revisão de 30 estudos científicos sobre TV e computadores, disse que os programas mostrados nos aparelhos modernos têm uma velocidade de edição mais rápida, sons mais altos e cores mais intensas do que nos anos 60 e 70, e que isso afetaria "dramaticamente as nossas mentes".



fonte: o globo

SE NÃO FOR LIBERTÁRIA, TODA PEDAGOGIA É AUTORITÁRIA

Não há educação libertária  que não seja auto-educação;

Precisamos aprender com os outros somente o que não nos foi possível aprender sozinhos;

A necessidade de aprender é biológica, ela se faz sempre de dentro para fora;

O impulso pela busca do conhecimento é mais importante que a coisa conhecida;

Perguntar é o ato mais espontâneo e o único realmente indispensável na formação cultural. Não se é livre
para perguntar em ambientes autoritários;

Ensinar o que não foi perguntado, além de inútil, é uma espécie de estupro cultural;

As teorias educativas consistem em tirar alguma coisa antes de dar, censurar antes de oferecer modelos válidos, proibir e impor normas antes de socializar a experiência;

A criança aprende tudo sozinha. Basta não impedi-la. Só precisamos ensinar-lhes destalhes tecnológicos;

A pedagogia libertária se baseia no gosto espontâneo das crianças pelo conhecimento e em sua capacidade natural de criticar o que lhes ensinam. A pedagogia autoritária visa fundamentalmente destruir esse potencial crítico;

FONTE: Roberto Freire (Eu é um outro)

Eles instituíram oficialmente o HomeSchooling no Brasil...

O Governo Federal, especialmente o Ministério da Educação. A Diretoria de Gestão e Planejamento, em sua Coordenação-Geral de Recursos Logísticos, Aquisições e Convênios, através de uma simples retificação no Diário Oficial da União, fez do dia vinte e dois de junho de 2010 um marco histórico para a Educação, as famílias e Autonomia das pessoas: Eles instituíram oficialmente o HomeSchooling no Brasil.
O HomeSchooling sempre foi visto com preconceito, como uma causa da direita brasileira, tanto a liberal quanto a conservadora.

Olavo de Carvalho sempre foi um dos principais divulgadores e críticos das absurdas imposições que proíbiam o HomeSchooling. É ilusão imaginar que Ensino Doméstico sozinho solucionará os problemas do Ensino no Brasil. Mas se ele permitir a alguns brasileiros darem Ensino de qualidade, sem doutrinação e sem expôr crianças a tantas mazelas que ocorrem no universo do Ensino brasileiro, já terá feito aquilo que todo Governo deveria fazer a cidadãos maduros: oferecer-lhes o direito de escolha.
Para obter certificado de conclusão do Ensino Médio será necessário fazer a prova do ENEM  para aqueles que desejam fazer algum curso superior. Aí então a partir do dia 21/06/2010 ficou especificado no DIÁRIO OFICIAL clique aqui para ler o edital :


Que para obter certificado de conclusão do Ensino Médio, os(as) participantes devem:
a) Ter 18 (dezoito) anos completos até a data de realização da primeira prova do ENEM;
b) Ter atingido o mínimo de 400 pontos em cada uma das áreas de conhecimento do ENEM;
c) Ter atingido o mínimo de 500 pontos na redação.”
Os resultados do Enem  podem ser utilizados para fins de certificação em nível de conclusão de ensino médio, a critério das Secretarias de Educação e aos Institutos/Centros Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Compete às Secretarias de Educação e aos Institutos/Centros Federais de Educação, Ciência e Tecnologia definir os procedimentos para certificação no nível de conclusão com base nos resultados da prova.

O candidato, que pretenda obter a certificação em nível de conclusão do ensino médio deverá, ainda, no ato da inscrição indicar a Secretaria Estadual de Educação ou o Instituto/Centro Federal de Educação, Ciência e Tecnologia em que irá pleitear a certificação.

A escolha da referida Secretaria ou Instituto/Centro não está condicionada ao estado de residência do candidato, podendo esse escolher uma das opções apresentadas no ato da inscrição. A lista de Secretarias Estaduais de Educação ou de Institutos/ Centros Federais de Educação, Ciência e Tecnologia apresentadas no sistema de inscrição é respaldada por Acordo de Cooperação Técnica, firmado junto ao Inep e que estabelece as responsabilidades dos envolvidos no processo de certificação.
A marcação da opção de certificação no formulário de inscrição efetuada pelo candidato implica em concessão de autorização para o Inep enviar os dados e as notas obtidas no Enem  para as Secretarias Estaduais de Educação e Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Para fins de certificação, o Inep fornecerá sistema específico de acesso aos resultados.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,adulto-sem-ensino-medio-pode-fazer-enem-para-obter-certificado,570968,0.htm

http://www.atarde.com.br/vestibular/noticia.jsf?id=4393539

Algumas palavras sobre domesticação, revolta e de que lado nós estamos


   A ferocidade se manifesta quando a existência livre é molestada. Assim como um animal se debate quando é capturado, quando uma mãe ursa defende sua cria, quando índios lutam até a morte contra os colonizadores, quando povos africanos escravizados se rebelaram contra sua condição e fugiam para voltar a viver de uma maneira comunal; os luditas destruindo as "fábricas de opressões", os jovens imigrantes e filhos de imigrates na França, que recentemente entre os anos de 2005 e 2006, queimaram carros, escolas, lojas e prédios do  Estado em resposta ao assasinato de dois adolescentes que fugiam da polícia. Estes são alguns exemplos de que a rebeldia sempre estará presente quando nossa liberdade e aqueles que amamos forem ameaçados e molestados. A rebeldia esteve presente desde o inicio da civilização e estará até seu fim.

 Porém, hoje parece que muitos estão aceitando passivamente a domesticação, aceitando pacificamente o roubo de nossa existência.
O que está nos separando da nossa ferocidade?  O que está nos deixando cada vez mais distantes de nós mesmos ao ponto de nos tornarmos uma mera peça de engrenagem da civilização, nos privando de uma existência plena em comunhão com a natureza e ainda acreditarmos que está tudo bem?
Estão sugando toda nossa vitalidade, e estão tomando cuidado para nos deixarem somente o medo.

Claro, não é preciso dizer que a inércia, as bugigangas inúteis e tóxicas e as propagandas que 24 horas por dia nos dizem que só seremos felizes se comprarmos mais e mais bugigangas, quando assistimos mais e mais programas de tv e espetáculos, e que votar periodicamente para prefeito, governador e presidente cria a ilusão de estarmos numa sociedade onde temos poder de escolha e decisão, enfim, que tudo isso colabora para a sensação de que tudo está bem.

A rebeldia é um anticorpo. E esse anticorpo é um dos principais alvos que as forças domesticadoras se empenham em anular.  O Brasil, por exemplo, é um lugar onde as forças domesticadoras têm conseguido com muito êxito manter anestesiada a revolta. O dia 7 de setembro ( data de uma comemoração nacionalista e patriota, ou seja, racista e separatista ) não encontra nenhum obstáculo - o método de domesticação através do nacionalismo tem sido um sucesso. Nas escolas aprendemos que os quebradores de máquinas (ludditas) são uns vândalos e ignorantes que não queriam o progresso, e também na escola aprendemos a venerar o progresso, a tecnologia , o desenvolvimento e o crescimento econômico; aprendemos também que o Estado, o maior parasita da humanidade, é a vontade do povo (pelo progresso) e que a polícia é necessária para manter a ordem e segurança, pois sem isso teríamos a 'anarquia'.  Na escola também aprendemos como matéria principal a obediência e o respeito a autoridade: ir ao banheiro somente quando for autorizado, vinte minutos de intervalo, provas, horários, lição de casa, professores e diretor; aprendemos na escola que a rebeldia e a desobediência é 'delinquência', mas não explicam a origem da 'delinquência'. O que é a 'delinquencia'?

Nossa existência e capacidade de cuidar de nós mesmos estão sendo roubadas pelo trabalho a troco de bugigangas e de um 'tempo livre' regado a mediações e espetáculos; o planeta está sendo arruínado: florestas estão sendo devastadas e a urbanização se espalha desenfreadamente, mares poluídos e desertos azuis se propagam, rios estão sendo mortos e modificados; povos indigenas (aqueles com quem temos muito a aprender) com suas terras invadidas e roubadas se tornando seres desenraizados, muitas vezes suicidas e alcoolizados frente ao vazio de suas vidas roubadas e a visão de seus filhos morrendo de fome e de doenças civilizadas*; animais são mortos diariamente aos milhões seja pela agricultura ou pela pecuária, o industrialismo e a urbanização contribuem para a matança daqueles com quem compartilhamos este planeta seja pela devastação ambiental por recursos e expansão, seja pelas estradas que cortam ecossistemas inteiros para poderem escoar as bugigangas produzidas por toda parte; outros tantos milhares de animais são torturados em laboratórios diariamente na desculpa de 'buscar a cura dos males que afligem a humanidade' (antropocentrismo à parte, 'cura' de doenças criadas pela própria civilização), isso sem citar o uso de animais para a "diversão", uma humilhação sem tamanho contra nossos irmãos. E assistimos também o espetáculo ou choro das falsas e parciais oposições que não entendem ou não querem entender que o mal se corta pela raiz.
Isso tudo está acontecendo aqui e agora, diariamente. E sujeitos a um cotidiano degradante de trabalho e consumo, o que temos é conivência, e não desobediência/insurgência e revolta, e assim se continua a assistir a nossa destruição e a destruição do planeta (na ilusão de que a reciclagem e o biodiesel  nos salvará do aquecimento global).

A insurgência, a desobediência, a revolta contra a civilização está se levantando energicamente assim como o planeta está reagindo as mudanças que nosso modo de vida causou. O selvagem se vinga! não se pode controlar o que é selvagem! A revolta é inevitável.

 A revolta contra a civilização em “duas frentes” 

De maneira alguma quero tentar limitar a revolta em 'duas frentes' , mas penso que seja útil aqui abordar desta maneira.
As duas frentes:
1) A construção de um novo modo de vida baseado em fundamentos contrários aos da civilização.
2) O ataque contras as estruturas físicas da civilização (tais estruturas tem nome e endereço).

Primeiramente a construção de nossa autonomia. Essa autonomia obviamente é em todos os níveis. Isso significa romper a nossa dependência do Estado e do mercado, significa a construção de novos modos sustentáveis e biocêntricos de providenciarmos as nossas reais necessidades para nós e para os nossos queridos; significa a reabilitação dos nossos sentidos adormecidos, de nossa espiritualidade única e individual, o que requer a reapropriação do tempo e espaço; novas maneiras de compartilharmos o conhecimento da experiência humana, novas maneiras de nos relacionarmos com o nosso planeta e seus habitantes. E nisso, o resgate de nosso passado (extremamente recente) nomade coletor-caçador tem uma grande importância, não significa retorno, significa resgate, significa cura.
 Alguém pode considerar esta estratégia não como um ataque mas sim uma 'oposição passiva', eu discordo completamente, a não ser em casos de auto-isolamento ( e mesmo assim não vejo com maus olhos tais iniciativas).
Ao meu ver, construir a autonomia é um forte ataque à civilização, construir uma nova comunidade que não se baseia nos fundamentos da civilização é um golpe firme contra a civilização, pois fazer acreditar que existe somente uma maneira de viver, somente uma maneira 'certa' de viver é um das ferramentas mais eficientes da civilização para nos manter reproduzindo a sua lógica, para nos manter nas suas engrenagens. Exemplos de outros modos de vida são uma arma vital contra esta forma anuladora da vida e da diversidade. Mas esta construção não é a construção de um gueto, é uma ofensiva persistente.

É bem claro que para criarmos esta autonomia, para reapropriarmos o tempo e espaço requer também o ataque físico a civilização, e é sobre isso que eu vou falar brevemente agora, a segunda 'frente'.

Construir uma nova vida requer destruir o velho mundo, e isto significa também o ataque contra as estruturas físicas da civilização. Este ataque, penso que vai desde pichações até sabotagens das estruturas tecnológicas e industriais que sustentam o sistema e seu maquinário de repressão e controle.
É bom eu ter falado nas pichações pois isso leva a um pequeno detalhe de grande importância: as pequenas ações. As pequenas ações como pichações, ocupações/squats e a sabotagem menor, além de serem estratégias que exigem técnicas e materiais que são acessíveis a qualquer indivíduo, possuem um efeito qualitativo muito importante contra a "paz social", em outras palavras, contra a dormência dos domesticados. O sistema obviamente não teme estas pequenas ações, o que ele teme é a difusão destas pequenas ações, pois por sua facilidade de reprodução pode despertar a paixão da revolta contida entre os indivíduos explorados.
O ataque ao sistema deve ser tão variado e diverso o quanto a imaginação permitir. A arte de atacar e de se retirar é vital aqui.
A civilização pode entrar em colapso por não haver mais alternativas para a extração de recursos, por exemplo, mas pode entrar em colapso quando não é mais aceitável a sua existência, e isso nos leva aos ataques 'maiores', ataques contra os tentáculos e contras as principais veias da civilização industrial. Destruição de estradas, industrias e laboratórios, torres de energia, destruição de ferrovias, a sabotagem contra os avanços da urbanização, a sabotagem contra a construção de prisões, a sabotagem contra os meios de comunicação. Enfim, atingir onde dói.
Ao meu ver uma estratégia depende da outra, uma complementa a outra. Não existe contradição entre elas. Ambas colaboram para o colapso.

 Uma responsabilidade revolucionária? adiantar o colapso.

Muitas vezes vejo comentários de que a 'ideologia' do colapso é uma recusa da 'responsabilidade' revolucionária. Bom, para rebater este pensamento limitado nada mais útil do que atualizarmos o que significa 'colapso'. Pelo menos eu entendo e visualizo o colapso como a revolta da terra e de seus habitantes contra a civilização; a falência do industrialismo; o desmanche de uma ilusão cuiltivada pela televisão, pelos jornais, escolas e ambientes de trabalho, o que significa o levante humano contra o que tem sugado sua vitalidade e plenitude. Colapso, ao meu ver, é também o ápice da revolta.

A responsabilidade revolucionária, para mim, é o adiantamento deste colapso, é o jogar com elementos que provoquem o desmanche da ilusão, é a sabotagem de toda estrutura física que sustenta esta máquina, é o ataque surpresa a toda normalidade, é a destruição de toda jaula e o ataque a todo carrasco e carcereiro, é a vingança contra todo domesticador.

A revolta contra a civilização é a cura de uma profunda ferida de 10.000 anos de domesticação, é a destruição dos agentes que tem nos causado este pesadelo.
Existe uma guerra contra esta máquina, contra o roubo de nossa vida e a destruição do nosso planeta. Uma guerra pela vida contra a civilização.
E a pergunta não poderia ser outra: De que lado você esta?


 - Polar

nota: * A reação dos povos indígenas modo de vida ocidental é crescente, é o que se entende por 'povos ressurgidos".



FONTE: Coletivo erva daninha 

O que é Homeschooling?





O Homeschooling (Educação Domiciliar) é mais que a simples opção de querer educar os filhos no seio familiarEm muitos lugares, especialmente nos países adiantados culturalmente, o homeschooling é previsto em lei oferecida aos pais que desejam dar aos filhos um ambiente de aprendizagem diferente do existente nas escolas. Os motivos que levam os pais a optar pelo homeschooling são variados.


Há a insatisfação com as escolas, o temor em relação ao seu ambiente, interno e externo. Os pais temem pela integridade física dos filhos. O que é compreensível em ambientes onde existe violência. Antes da criação das escolas, como existem, toda a aprendizagem acontecia em casa. Os filhos, nas zonas rurais, aprendiam com os pais a arte de cultivar a terra, fazer o vinho, cuidar dos animais. Nas vilas e cidades, aprendiam com os pais os ofícios necessários na vida urbana. E a avaliação não se fazia por meio de provas. O aprendiz era avaliado pela qualidade daquilo que produzia. Entre os povos chamados "primitivos" - que vivem ainda segundo suas tradições milenares, suas vidas não tendo sido alteradas pela expansão da civilização - é assim que o conhecimento é construído. Os jovens aprendem dos mais velhos aquilo que precisam saber para viver e participar da vida na comunidade.


Com a Revolução Industrial e o crescimento das populações, essa forma de produzir e transmitir conhecimento ficou inviável.  O lugar dos pais deixou de ser a casa e a oficina, e pais e mães, para sobreviver, tiveram de se ligar às fábricas, não lhes sobrando tempo para ensinar os filhos. Mas também os saberes que as fábricas e a vida urbana exigiam não podiam ser aprendidos em casa. Daí a necessidade das escolas. A existência das escolas  foi uma resposta a uma exigência social. Mas há anos existe um mal-estar em relação ao desempenho das escolas, o que levou vários educadores a levantar a questão: a aprendizagem só acontece ali? O saber de uma pessoa tem de ser legitimado por um diploma expedido por escola oficial? E aquela pessoa que deseja aprender coisas diferentes daquelas prescritas pelos programas escolares?

Ivan Illitch sonhou com uma sociedade sem escolas. Nela, os saberes ficariam disponíveis em algo parecido com um supermercado. Um supermercado oferece todos os tipos de bens necessários para a vida nas casas. Os fregueses compram os produtos que desejam. De forma semelhante, os supermercados de saberes ofereceriam uma variedade de produtos e as pessoas "comprariam" os saberes que desejassem, de física quântica a música clássica.
O homeschooling é uma versão individual do sonho de Illitch. A diferença: em vez de os saberes serem produzidos por grandes instituições, pais ou algum tutor ocupariam seu lugar. Mas para que a coisa funcione há um pré-requisito essencial: os pais e tutores têm de ter competência educacional. Nem toda casa seria elegível para ser uma home school...