segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Obesidade Mental


O prof. Andrew Oitke, catedrático de antropologia em Harvard, publicou em 2001 o seu polêmico livro “Mental Obesity”, que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna. “Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física decorrente de uma alimentação desregrada. É hora de refletir sobre os nossos abusos no campo da informação e do conhecimento, que parecem estar dando origem a problemas tão ou mais sérios do que a barriga proeminente."


Segundo o autor, “A nossa sociedade está mais sobrecarregada de preconceitos do que de proteínas; e mais intoxicada de lugares-comuns do que de hidratos de carbono. As pessoas se viciaram em estereótipos, em juízos apressados, em ensinamentos tacanhos e em condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada”.
“Os cozinheiros desta magna fast food intelectual são os jornalistas, os articulistas, os editorialistas, os romancistas, os falsos filósofos, os autores de telenovelas e mais uma infinidade de outros chamados profissionais da informação."
 “Os telejornais e telenovelas estão se transformando nos hamburgers do espírito. As revistas de variedades e os livros de venda fácil são os ‘donuts’ da imaginação. Os filmes se transformaram na pizza da sensatez." 

“O problema central está na família e na escola."
 “Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se abusarem dos doces e chocolates. Não se entende, então, como aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, por videojogos que se aperfeiçoam em estimular a violência e por telenovelas que exploram, desmesuradamente, a sexualidade, estimulando, cada vez com maior ênfase, a desagregação familiar, a permissividade e, não raro, a promiscuidade. Com uma ‘alimentação intelectual’ tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é possível supor que esses jovens jamais conseguirão viver uma vida saudável e regular." Um dos capítulos mais polêmicos e contundentes da obra, intitulado “Os abutres”, afirma: “Os jornalistas alimentam-se hoje, quase que exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, e de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular".


O texto descreve como os “jornalistas e comunicadores em geral se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante”.
“Só a parte morta e apodrecida ou distorcida da realidade é que chega aos jornais."
“O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para quê ela serve. Todos acham mais cômodo acreditar que Saddam é o mau e Mandela é o bom, mas ninguém se preocupa em questionar o que lhes é empurrado goela abaixo como informação."
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um “cateto”.
Prossegue o autor: “Não admira que, no meio da prosperidade e da abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se e o folclore virou ‘mico’. A arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce, entretanto, a pornografia, o cabotinismo (aquele que se elogia), a imitação, a sensaboria (sem sabor) e o egoísmo. Não se trata nem de uma era em decadência, nem de uma ‘idade das trevas’ e nem do fim da civilização, como tantos apregoam."


“Trata-se, na realidade, de uma questão de obesidade que vem sendo induzida, sutilmente, no espírito e na mente humana. O homem moderno está adiposo no raciocínio, nos gostos e nos sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental."
_Quando eu fiz especialização em semiótica, um dos meus professores, em uma conversa informal, me contou que, a pedido de alguns produtores, certa vez foi feita uma pesquisa aqui no Brasil que chegou à conclusão que o brasileiro (uma porcentagem alta, do tipo 80-85%) acredita que, quando um apresentador ou ator/atriz recomenda uma marca em um programa de auditório, ele realmente está fazendo uma recomendação e não um merchandising pago e que realmente usa aquele produto! Dê um salto especulativo e pense em como isso foi usado nas Igrejas Pentecostais… 

As pessoas não sabem mais nem quando estão sendo manipuladas ou como. É a “preguiça mental” que acompanha a “obesidade mental.”

Fonte: João César das Neves.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012



"A vida como combate não reside nas guerras, mas na existência do guerreiro que se recusa a ser soldado, a servir obediente a um comando superior. A vida libertária é composta por inacabadas batalhas por liberdades; não é um efeito de guerras em nome da paz, como reafirmam os tratados celebrados por Estados." (E. Passeti & A. Augusto - Anarquismos e Educação)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A cura pela alimentação

Muitos medicamentos foram produzidos no decorrer dos anos para curar doenças adquiridas através da má alimentação.

Alimentos fabricados e conservados, com auxílio de elementos químicos, que são prejudiciais a saúde.
A revolução industrial que teve seu início em meados do século XVIII, foi um grande marco para a produção de alimentos que visavam o lucro e não a saúde dos que se alimentariam.

Para que os produtores rurais se vissem mais participantes do mercado, em meados do século XIX foi criada a ¨Onda Verde¨ ou ¨Revolução Verde¨ que foi uma verdadeira arma usada pelas indústrias farmacêuticas que teve como objetivo, criar agrotóxicos e suas próprias sementes resistentes a esses venenos que matam tudo que é orgânico.

A própria indústria farmacêutica trás a doença e depois a suposta cura.
Ao observar essa tendência da indústria um Alemão chamado Max Gerson, médico especializado em medicina Ortomolecular criou uma terapia alimentar a base na ingestão de frutas, legumes,verduras, grãos, sucos naturais e etc.

Em 14 de Maio de 2005, em Ottawa, Canada, o Dr. Gerson e 7 outros gigantes da medicina foram reconhecidos como pioneiros nos seus campos ao serem incluídos no “Hall of Fame” da Medicina Ortomolecular (Orthomolecular Medicine Hall of Fame).

Saiba mais sobre o Dr. Max Gerson através do Blog Segredos Vivos.

Hoje em dia um trabalho bastante conhecido é do Dr. Alberto Peribanez Gonzalez que é autor do livro, “Lugar de médico é na cozinha” e fundador da “Oficina da Semente” – um projeto que tem como principal missão difundir os fundamentos da alimentação viva e seus benefícios para a saúde e bem estar do indivíduo..

Entrvista com Dr. Alberto para o Jornal A Tarde de Salvador/Bahia.


Fonte: http://verdemais.org